tag:blogger.com,1999:blog-213125722024-03-07T08:40:58.011-03:00vida em brancoaqui me tens de regressolucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.comBlogger60125tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-78555375428783114812009-05-17T13:26:00.004-03:002009-05-17T13:41:07.940-03:00ao pómariposas são muito fáceis de se matar.<br />não têm sangue, nem linfa, nem qualquer espécie de víscera de inseto que vá deixar uma mancha grudenta depois da chinelada.<br /><br />vivem em rasantes desorientados do nada ao nada para posar, bobas e cegas, em paredes iluminadas de eletricidade e tinta suja.<br /><br />uma pancada de jornal velho, vassoura de plástico ou sola de sapato e desfalecem em fibra seca poeirenta.<br />uma mancha cinza indolor, varrida por qualquer corrente de vento que escapa por debaixo da porta.lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-36247208344214647262008-11-23T19:08:00.005-02:002008-11-23T19:39:15.903-02:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKdG2yOW2eU4a-O6iW_YA9_HFzvBNf3QpBuGDwRdJtq78ui2X2w5m1B5-eznvaC9JoMHA5ChE6S-fQ6Kp9wVFKrkN5XJHB3Thf0mlq8f0Xzd-OmgZKGXiuhNvxkoYpVzO2497U7Q/s1600-h/atmosfera+de+marte.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 356px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKdG2yOW2eU4a-O6iW_YA9_HFzvBNf3QpBuGDwRdJtq78ui2X2w5m1B5-eznvaC9JoMHA5ChE6S-fQ6Kp9wVFKrkN5XJHB3Thf0mlq8f0Xzd-OmgZKGXiuhNvxkoYpVzO2497U7Q/s400/atmosfera+de+marte.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5271963206633711410" border="0" /></a><br />caminha por seu sonho naufragado para a poltrona com a visão mais clara e está hipnotizada pela tela branca, mas o filme é de uma tristeza monótona e ela já viu dezenas de vezes:<br />_vai curtir seu deserto, vai...<br />_mas deixa a lâmpada acesa!<span style="font-weight: bold;"> </span><span style="font-style: italic;">(implora patético)</span>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-70738927103441083032008-11-05T20:41:00.000-02:002008-11-05T20:42:15.220-02:00<span class="Apple-style-span" style="color: rgb(153, 153, 153); font-family: Verdana; font-size: 13px; ">a tarde escorreu purulenta em linguagem pomposa de petição ao meritíssimo. o calor soprando de fora pela vidraça empoeirada, aberta, me ardendo na barba mal feita, arranhada de feridas. a fofoca tingida entre o loiro comportado e castanho sem vida das comadres de repartição, esparramando indignações completamente desinteressantes pela fórmica cáqui das escrivaninhas baratas.</span><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(153, 153, 153); font-family: Verdana; font-size: 13px;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(153, 153, 153); font-family: Verdana; font-size: 13px;">anoiteci obstinado na tarefa de acalmar em cinza e arquivar todos os quarenta e tantos e-mails que lotam minha caixa de mensagens, anunciando o fim de um semestre irresponsável em uma bateria de provas decisivas.<br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(153, 153, 153); font-family: Verdana; font-size: 13px;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(153, 153, 153); font-family: Verdana; font-size: 13px;">acontece que perdi aquela maldita sacolinha vermelha em que guardo o cadeado do armário do vestiário e isso me fez dar trinta voltas patéticas feito um orangotango enjaulado vasculhando cada montinho entulhado de papel velho e roupas desta casca de ovo vazia de gente e luz que é o meu apartamento!<br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(153, 153, 153); font-family: Verdana; font-size: 13px;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(153, 153, 153); font-family: Verdana; font-size: 13px;">naturalmente, essa perda me condenou a uma noite de culpa flácida e costas tensas, que dedico a destilar rancores contra o universo que me cerca.<br /></span></div>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-17233333864879332512008-09-26T21:38:00.002-03:002008-09-26T21:47:10.145-03:00aurea mediocritas<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'trebuchet ms';"><div>frações</div><div><br /></div><div>a vida em branco segue ocupada, o que significa nada de tempo pra sofrer aqui</div><div><br /></div>vivendo o dia em pequenos fragmentos de tarefas que não levam a lugar nenhum</span><div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'trebuchet ms';"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'trebuchet ms';">sentado no chão com as costas curvas, olhando o reflexo torto na poça borbulhante de pixe das obrigações pendentes</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'trebuchet ms';">tão sério, tão sério...</span></div></div>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-19504409249796106672008-08-19T02:21:00.001-03:002008-08-19T02:21:43.077-03:00Recuerdos<span style="font-family:arial;">Doutor Augusto Ruschi, o naturalista, envenenado...</span>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-27389776039801120552008-08-05T13:30:00.005-03:002008-09-26T21:49:19.000-03:00Bem Alto<div align="right"><span style="font-family:courier new;"><span style="font-size:78%;">como você se sentiria<br />se estivesse na mesma situação<br />e perdesse o controle das coisas<br />se expondo ao ridículo de tornar público um drama existencial seu<br /><strong>Rumo - Bem Alto</strong></span></span></div><br /><span style="font-family:courier new;">Não é mais só Direito, mas o Direito dentro do Direito.<br />O Direito engravatado arquivando disciplinadamente o Direito engajado. O direito e fácil que passei por cima do interesse que desafia.<br />Quando ando pelos bares e vejo as pessoas vestidas de diferentes, sempre penso que, durante o dia, com certeza não se dedicam ao saber jurídico. A sensação é constante de que errei, que sou como elas e porque fui ser tão covarde. Mesmo que me esforce pra pensar e até me convença que não é bem assim.<br />Agora as pessoas que insistem em ser interessantes dentro do jurídico optaram pelo difícil e eu fui me refugiar no mais brando e certo. Insisto no erro.<br />Depois lembro que ainda é terça e que não vem nada muito melhor ao longo da semana ou nos meses à frente, o que vou fazer depois da formatura e como tenho falhado nos meus planos de fugir minimamente de tudo isso.<br />Vem a falta de vontade de fazer. Ou o impulso de brincar de filme brasileiro e errar sozinho a noite inteira pra ver se chacoalho o fatalismo que me pesa atrás dos olhos pra fora pelas orelhas.<br />Mas se eu conto tudo, não está nem um pouco precisando disso e responde sem olhar pra minha cara com aquele ar de não me venha com aporrinhação adolescente.<br />E só não me joga na merda porque ainda consigo ficar irritado.<br />Eu não cresço mesmo...</span>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-78217411613730419832008-08-01T01:24:00.004-03:002008-08-01T01:49:51.690-03:00Boemiaaté hoje o nome deste blog era <strong>la vie en blanc</strong>, embora eu não saiba falar francês.<br /><br />a gente não passa um semestre sem postar nada sem fazer uma mudança revolucionária e reveladora.<br /><br />hoje o nome é <strong>a vida em branco</strong> mesmo e a descirção é <em>aqui me tens de regresso</em><br /><em></em><br />é que eu comprei um vinil.<br /><br />A vontade de revitalizar o blog foi por causa do filme do filme<br /><br />Nome Próprio<br /><br />a idéia era, quando eu assisti, escrever algo revelador sobre o filme mesmo<br /><br />mas aí já se passaram duas semanas e eu vou por o link aqui:<br /><a href="http://nomepropriofilme.blogspot.com/">http://nomepropriofilme.blogspot.com/</a><br /><br />é...<br /><br />o link está aqui e<br />isso ajuda a achar o site no google, mas<br /><br />já nem precisa mais.<br /><br /><br /><br />O que me fez escrever mesmo foi ficar bêbado na quinta de madrugada<br /><br />nós discutimos uma peça,<br /><br />eu, o lê e a mari,<br /><br />é claro!lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-72038954132512125972007-12-10T12:34:00.000-02:002007-12-10T12:45:02.290-02:00Estado policial<div align="justify"><span style="font-family:courier new;font-size:85%;">O motorista estaciona em frente ao edifício baixo e amarelo, numa rampa de acesso sob uma marquise semelhante àquelas que vemos em hospitais, projetadas para receber casos de emergência. É um imponente Santana preto desproporcionalmente grande e silencioso.<br />Descemos meu chefe e eu, ele um sujeito meio baixo, meia idade, meio careca, meio gordo, em terno cinza sem gravata e eu no tradicional preto com listras e nó Windsor. Começo a refletir porque diabos estou estagiando com um delegado de polícia se sou adepto do direito penal mínimo.<br />Por dentro, a arquitetura do edifício é ainda menos condizente com sua função; mais parece um salão de convenções que uma delegacia. Longas mesas de fórmica empoeirada dão os contornos dos corredores e sobre elas policiais e estagiários debruçam-se sobre montes desorganizados de documentos e computadores extremamente ultrapassados tentando decifrar crimes. Uma espécie de grande evento C.S.I. subdesenvolvido.<br />Um estagiário gordo, com a cara vermelha marcada de espinhas toda ensebada, a gola amassada pulando para fora do terno verde-petróleo, observa atentamente, sobre o ombro de um homem magro de bigode, um programa da era MS DOS em pequeno monitor bege-sujo e declara, arrogante “é uma mancha oligosférica, conheço poucas pessoas capazes de produzir manchas oligosféricas...”<br />Quando chegamos à nossa sala, meu chefe dirige-se com um suspiro à sua mesa, retira alguns pequenos documentos da gaveta e começa a lê-los lenta e desordenadamente, como quem não está entendendo mas também não se interessa. À falta de qualquer instrução, dirijo-me à minha pequena escrivaninha, no canto, e passo um tempo entediado observando os tristes porta-disquetes e porta-fichas que a enfeitam.<br />Tenho vontade de ir ao banheiro e saio sem palavra: o chefe agora parece bastante interessado nos documentos, testa enrugada e sobrancelhas contraídas tentando decifra-los.</span></div><span style="font-family:courier new;font-size:85%;"><div align="justify"><br />Os banheiros ficam na ala em que nós, estagiários, moramos. Esta parte da delegacia não se parece mais com um centro de convenções, mas um alojamento de jogos universitários, embora limpo.<br />Caminho até os mictórios, nos corredores, mas chega um maquiado grupo de meninas cheias de cochichos e risinhos e me lembro, sem questionar o absurdo, que aqui na delegacia os mictórios são femininos. Saio enquanto as garotas fazem, de forma nada higiênica, suas necessidades.<br />Estou com a mão na maçaneta do banheiro masculino, mas outra vez sou interrompido por uma menina, esta de camisola. Ela pede licença e entreabre a porta. Posso ver toda sua bunda sob a camisola quando se inclina para dentro e pede, fazendo charme, para entrar. Dois colegas estagiários que cumprem a função de limpar o toalete respondem que não, pois ainda não acabaram o serviço.<br />Um pouco desesperado, dirijo-me, “já que é assim”, ao banheiro feminino, esquecendo-me completamente que, “já que é assim”, os mictórios do corredor cumpririam muito bem a função.<br />E não é a toa que estes últimos eram femininos, uma vez que o banheiro das mulheres não tinha privadas. À procura de um vaso, entretanto, tenho uma agradável surpresa. Em uma das várias banheiras que preenchem o ambiente, encontro, tomando banho de biquíni, uma antiga colega de escola que eu queria muito comer durante o ginásio.<br />“Rosana! Eu não sabia que você também estagiava aqui! Não estava fazendo faculdade de moda?”<br />“Você está bonito, Lucas! Eu larguei moda porque Direito dá mais futuro. Agora combato os criminosos.”<br />Abraço-a e a tiro facilmente da banheira, ao que ela responde com uma risadinha assanhada. Cumprimento-a com um beijo na bochecha e fico inseguro quando percebo que estou com hálito de quem acabou de acordar. Ela corresponde quando lhe beijo os lábios mas, “realmente”, se afasta com uma careta do cheiro da minha respiração. “Tenho que ir ao banheiro, beijo”, fujo.<br />O banheiro masculino já esta limpo. Passo apressado por um homem de cabelo militar sentado no corredor que dá para os vasos sanitários. </div><div align="justify">O lado de dentro da tampa da privada diz: “Urinar na frente do fiscal não é obrigação apenas dos deficientes físicos.”<br />Colado na porcelana, logo acima da linha da água, há um outro adesivo cheio de símbolos que mudam de cor e revelam novas figuras conforme urino sobre eles. Sobre a figura de uma folha de maconha surge, em rosa marca-texto, a palavra “limpo”; sobre uma folha de cocaína (seja lá que forma tenha), também; uma escala graduada marca “7” para a acidez da minha urina e pequenas manchas aparecem dentro de um círculo indicando que meu colesterol está baixo. Mijo mais e mais e não fico aliviado.<br />O jato cai sobre a figura de um óvulo e ele se torna azul. Quase espirro pra fora da privada quando percebo a cara séria do fiscal observando o adesivo por sobre meu ombro.<br />Assim que guardo meu pinto, ele segura meu braço com força e pergunta sério e intimidador: “Você andou fazendo algum tratamento com células-tronco embrionárias?!”<br />Acordo assustado apalpando os lençóis ao redor da virilha e suspiro aliviado. É esse tipo de sonho que faz a gente mijar na cama.</span></div>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-73095774133362095682007-12-01T14:02:00.000-02:002007-12-01T14:04:21.557-02:00<div align="justify">Aqui, jogado em Neverland, não posso nem pegar um táxi, comprar chocolate e chorar até que o monstro recupere suas feições humanas e amáveis.</div><div align="justify"><br />Foi há tão pouco tempo. E, mesmo assim, naquela época ainda éramos amadores no “eu nunca” e eu não saberia escrever este parágrafo corretamente (e agora sei?).</div><div align="justify"><br />Os blogs iguais, preto e cinza, gatinhos e figuras desproporcionais. E a gente tão diferente. Os surtos de estupidez urbana viraram espasmos de urbanidade estúpida. A adolescente precoce virou mulher criança (ainda que com um ano de atraso).</div><div align="justify"><br />O tempo passou pra gente, e não foi uma vez só que estivemos à beira do precipício. O que me enche de medo. </div><div align="justify"><br />Nunca vivi tanto. Ainda sinto que algo maravilhoso pode acontecer em qualquer esquina.<br />Essas tardes em que reencontro o passado embebido na lassidão de uma adolescência de isolamento rancoroso e procrastinação masturbatória. Me entristece. Tanto desconforto que te dá até preguiça de escrever bem.</div><div align="justify"><br />Não. Não posso deixar tudo de lado. É tempo de recuperar aquela obstinação apaixonada que inventei pra sobreviver.</div><div align="justify"><br />Entramos na estação do ano que apaixona, ainda que, desta vez, com um dia de atraso.</div>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-31966941283002344972007-11-06T16:56:00.000-02:002007-11-06T17:19:00.789-02:00hoje<div style="text-align: justify;">Já há algum tempo tive a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">idéia</span> de <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">transformar</span> isso aqui em um "querido diário" pra impulsionar um pouco as coisas...<br /><br />No dia que tive a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">idéia</span> teria muito mais pra contar e de forma muito mais emocionada, mas é preciso uma tarde de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">procastinação</span> inútil como esta para que eu ponha as coisas em prática!<br /><br />Depois de acordar cedo, chegar atrasado e assistir as aulas viáveis de sempre, fui à Santa <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Ifigênia</span> comprar um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">artefato</span> verde redondo e grande "sem o qual não podia passar mais um dia". Foi um saco carregar aquilo no <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">ônibus</span> e ler ao mesmo tempo!<br /><br />Pensando bem, o dia não foi tão inútil assim (inútil no sentido de se sentir culpado). Assisti e anotei as melhores aulas, paguei contas, comprei um lustre e finalmente consegui marcar com um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">eletricista</span> para vir aqui arrumar a fiação dessa caixa de concreto fabricada na década de 60 (o nome dele é Adriano e o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">tel.</span> é 71064930, caso eu seja assassinado ou você esteja precisando consertar umas tomadas).<br /><br />Estou sem grana.<br /><br />Preciso trabalhar (quatro suaves horas por dia e com direito a folgas...).</div>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-66284458736103869792007-07-26T09:36:00.000-03:002007-07-26T09:41:33.646-03:00Samba e amor<em>E Lucas descobre a roda...</em><br /><br />Eu faço samba e amor até mais tarde<br />E tenho muito sono de manhã<br />Escuto a correria da cidade, que arde<br />E apressa o dia de amanhã<br /><br />De madrugada a gente ainda se ama<br />E a fábrica começa a buzinar<br />O trânsito contorna a nossa cama, reclama<br />Do nosso eterno espreguiçar<br /><br />No colo da bem-vinda companheira<br />No corpo do bendito violão<br />Eu faço samba e amor a noite inteira<br />Não tenho a quem prestar satisfação<br /><br />Eu faço samba e amor até mais tarde<br />E tenho muito mais o que fazer<br />Escuto a correria da cidade, que alarde<br />Será que é tão difícil amanhecer?<br /><br />Não sei se preguiçoso ou se covarde<br />Debaixo do meu cobertor de lã<br />Eu faço samba e amor até mais tarde<br />E tenho muito sono de manhã<br /><br /><div align="right">Chico Buarque/1969 </div>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-86024797354245660222007-07-24T11:12:00.000-03:002007-07-24T11:14:22.255-03:00<span style="color:#009900;">Meu blog abandonado</span><br /><span style="color:#009900;"></span><br /><span style="color:#009900;">A vida em branco</span><br /><span style="color:#009900;"></span><br /><span style="color:#009900;">Uma tela negra brilhante</span><br /><span style="color:#009900;">Repleta de cinzas</span>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-32046665932415074632007-06-25T10:48:00.000-03:002007-06-25T10:53:13.506-03:00românticoA bebida desce doce<br />vermelha e quente<br />na boca<br /><br />em direção<br />ao ácido frio<br />de dentro<br /><br />desfaz os nós e<br />primeiro vazam lágrimas<br />em ondas<br /><br />depois espasmos<br />volta o vinho<br />roxo ocre<br /><br />quase negro<br /><br />tinto<br />do quanto sintolucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-19546050923291956222007-06-25T01:15:00.000-03:002007-06-25T01:16:35.626-03:00Tão cansado<br />de ser tão pouco<br />que não quero<br />levantar da camalucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-76946044465579483642007-06-23T03:09:00.000-03:002007-06-23T03:21:14.871-03:00que artista nos fez assim<br />de rima metrificada<br />todo amor à piada<br />começo meio e fim?lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-3896006198320754672007-06-23T02:28:00.000-03:002007-06-23T02:50:59.413-03:00MotelAgora uma banheira fria e suja dos restos da paixão.<br />Pelos e cabelos flutuam pela espuma gordurosa. Água cinza-esbranquiçada, da poeira que se escondia nos poros. O sêmem que dissolveu incomoda o corpo nu. A pele gruda em si mesma, o cheiro doce irrita as narinas.<br /><br />Espaço pequeno. Corpos molhados de rugas frias que já não se conhecem. Ela sai com um beijo duro e rápido em direção ao chuveiro. Um banho curto silencioso.<br /><br />Espero que vá até a cama para me banhar. Mergulho na ducha de água e vapor e espero sair renovado.<br />Mas fico morno, mole, cansado.<br /><br />O doce do esperma invade o quarto. A banheira continua lá, esperando que alguém enfie o braço até o cotovelo para esvaziar.<br /><br />Quase seco, deito ao lado dela. Dorme. As curvaas agressivas escapam insinuantes do da toalha mínima, mas o desejo esbarra no resto da umidade que coça nas dobras do corpo. O lençol gelado que arrepia a espinha.<br /><br />Apago as luzes. Ânsia de despertar pela manhã com a paixão de volta aos corpos secos.<br /><br />...<br /><br />Não consigo dormir.lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-37142017759802287402007-06-18T01:51:00.000-03:002007-06-18T01:53:15.801-03:00hoje<p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style=";font-family:";" >Começo o dia muito pequeno para a casa vazia.<span style=""> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style=";font-family:";" >Por todos comodos não sei que procuro.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style=";font-family:";" >Fora, deslizo entre as pessoas, distante da sociedade em volta do almoço.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style=";font-family:";" >Nenhum livro. Os deveres mal-cumpridos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style=";font-family:";" >Cinema para distrair e falar de arte.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style=";font-family:";" >No fim dormir e me perder entre os lençóis frios.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 0cm; text-align: justify;"><span style=";font-family:";" >Sem vontade de pensar se a manhã virá ou não.<o:p></o:p></span></p>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-65144331276979004182007-06-17T00:16:00.000-03:002007-06-17T00:17:58.874-03:00<p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><span style="">Sem motivo você conta<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><span style="">o que fez<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><span style="">sem nenhum sentido</span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><br /><span style=""><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><span style=""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><span style="">sem sentir<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><span style=""><span style=""> </span>diz<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><span style="">só eu sinto</span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><br /><span style=""><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><span style=""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><span style="">agora vazio<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><span style="">você fala de livros</span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><br /><span style=""><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; font-family: courier new;"><span style=""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.85pt 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style=";font-family:";" ><span style="font-family: courier new;">e eu que não consigo</span><o:p></o:p></span></p>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-76767912510627252972007-04-05T01:36:00.000-03:002007-04-05T01:42:44.985-03:00No dia triste o meu coração mais triste que o dia...<br />Obrigações morais e civis?<br />Complexidade de deveres, de conseqüências?<br />Não, nada...<br />O dia triste, a pouca vontade para tudo...<br />Nada...<br /><br />Outros viajam (também viajei),<br />outros estão ao sol<br />(Também estive ao sol, ou supus que estive).<br />Todos têm razão, ou vida, ou ignorância simétrica,<br />Vaidade, alegria e sociabilidade,<br />E emigram para voltar, ou para não voltar,<br />Em navios que os transportam simplesmente.<br />Não sentem o que há de morte em toda a partida,<br />De mistério em toda a chegada,<br />De horrível em iodo o novo... <br /><br />Não sentem: por isso são deputados e financeiros,<br />Dançam e são empregados no comércio,<br />Vão a todos os teatros e conhecem gente...<br />Não sentem: para que haveriam de sentir?<br /><br />Gado vestido dos currais dos Deuses,<br />Deixá-lo passar engrinaldado para o sacrifício<br />Sob o sol, álacre, vivo, contente de sentir-se...<br />Deixai-o passar, mas ai, vou com ele sem grinalda<br />Para o mesmo destino!<br />Vou com ele sem o sol que sinto, sem a vida que tenho,<br />Vou com ele sem desconhecer... <br /><br /><br />No dia triste o meu coração mais triste que o dia...<br />No dia triste todos os dias...<br />No dia tão triste...<br /><br /><div align="right"><strong>Àlvaro de Campos - <em>Nuvens</em></strong></div>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-7482301339753207212007-04-05T01:30:00.000-03:002007-04-05T01:33:48.145-03:00<div align="justify"><em>Temos consciência da nossa própria fraqueza mas não queremos resistir a ela e nos abandonar. Embriagamo-nos com nossa própria fraqueza, queremos ser mais fracos ainda, queremos desabar em plena rua, à vista de todos, queremos estar no chão, ainda mais baixo que o chão.</em></div><div align="justify"><em></em> </div><div align="right"><strong>Milan Kundera - <em>A insustentável leveza dos ser</em></strong></div>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-73901701771874470332007-03-21T02:37:00.000-03:002007-03-21T02:46:18.807-03:00<div align="justify">“Sabe, Marco, ontem tive um sonho. Não foi um sonho bom, os lençóis molhados atestam, mas não era pesadelo. Eu deitado, ela vinha em sorridente fúria. Seus olhos se aproximavam. Aumentavam de tamanho conforme crescia o calor que irradiava dos lábios cada vez mais úmidos e brilhantes. A íris cor de mel era já como a vista de um mapa em alto relevo, cadeias de montanhas verdes entrecortadas por traços de um marrom avermelhado que seguiam para o imenso buraco negro no centro. Qualquer forma de pensamento era imediatamente sugada para desconhecido universo paralelo. Atravessei a córnea transparente e brilhante e fui arremessado bem do alto em uma planície verde deserta. Deserta? Eu a via ao longe, a cabeça inclinada em direção aos pés, em lentas passadas largas, sem dobrar os joelhos. Os fios do cabelo vermelho lhe caiam sobre a face, revelavam, de lado, apenas os lábios entreabertos, suspirava. Eu tentava gritar, mas o vento forte tornava tudo silêncio inquieto. Caminhei em sua direção, ela me avistou. Uma rajada jogou seus cabelos para trás, abriu sua boca em um sorriso. Saltitante ela veio em minha direção, ao encontro do abraço, apertado, a girar. Mas logo o vento cessou e chorava. E choveu. Escuro e frio. Mais forte, eu a apertava, contendo os soluços e absorvendo na camisa as lágrimas, mais molhadas que a chuva. Quando secaram, um beijo demorado quente no canto da boca devolveu todo o sangue para as veias. Depois, repousou as mãos sobre meus ombros, distanciando-se com um leve sorriso de compreensão, que logo caiu num súbito e morno desinteresse. O olhar fugiu, para baixo e para os lados. Caminhando lentamente me atravessou como se de fosse de espuma. Quando passou, meu estomago irradiou ácido gelado para resto do corpo. Ao fim da contração de dor, despreguei as pálpebras e estava em uma sala vazia, de luzes apagadas, um fim de tarde alaranjado. Olhei para trás: em um imenso sofá de plástico azul opaco, meio sentada, meio deitada,os mesmos olhos baixos de desinteresse, ela lia, lenta e relaxadamente, um livro escuro de capa vermelha. Caminhei em sua direção. Ao primeiro movimento ela me observou, e o olhar ficava mais atento a cada passada lenta e decidida. Quando meus joelhos encontraram os seus, ela se levantou, e seu olhar, que não desviava, já beirava temor. E estávamos assim, seus olhos bem abertos quase a encostar nos meus, quando ela desapareceu, sugada. Sozinho na sala já quase escura, eu a possuía em meus pensamentos.”</div>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-7711018752059854812007-03-05T20:27:00.000-03:002007-03-05T20:28:57.433-03:00Piadanoite de um dia quente<br /><br />nó da gravata na garganta<br /><br />coração cansado<br /><br /><br />olhos do repetição<br /><br />pensamento em outro lugar<br /><br />quando é que foi,<br /><br />que tudo se tornou tão frio?<br /><br /><br />acho que vou pedir demissão<br /><br />comprar rosas pra ela<br /><br />e dançar pelado no portão<br /><br /><br />ou nãolucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-84046507827381631662007-02-26T16:56:00.000-03:002007-02-27T16:43:00.038-03:00FomeEram cinco ao todo e me consumiam com os olhos. Olhos de fome e depressão, da sujeira daquelas ruas, de rancor contido. Me incomodavam.<br /><br />Porque não iam embora?! Porque não faziam alguma coisa ao invés de ficar só olhando com aquele sofrimento frio?! Porque não choravam, gritavam, e me atacavam furiosos?! Aquela passividade diante do insuportável, do insustentável, me esmagava as vísceras e fazia os punhos tremerem fechados, unhas cravadas na palma da mão.<br /><br />A dor que me causavam estava me deixando parecido com eles. Contia meu ódio, me conformava com o desconforto. Só olhava de volta com rancor. Quando percebi isso, algo se apossou de mim. Senti meu rosto esquentar. Ofegava.<br /><br />O ônibus entrou em um túnel, amplificando o barulho já desagradável do motor. O ônibus não tinha lâmpadas e as luzes enfileiradas do túnel faziam tudo piscar em clarões amarelados. Cobertos por sombras e contrastes que faziam aumentar sua feiúra, seus rostos impregnados de repugnância se repetiam em intervalos curtos. Iguais. Estáticos.<br /><br />Algo quebrou dentro de mim. Me atirei sobre eles como um animal faminto que surge de uma moita em direção ao pescoço de uma presa distraída. Gritava e arremessava meus punhos fechados para seus rostos sujos em ondas de fúria desordenada. Eles nada faziam alem de se encolher, continuavam a me encarar com rancor passivo. Clarão e trevas se revezavam e congelavam as cenas daquele delírio de ódio sem sentido em fotografias de um espetáculo feio e triste.<br /><br />Quando saímos do túnel, o ar ficou claro e frio e eu já não tinha forças para bater. Minhas mãos, o chão e os assentos; tudo coberto de sangue. Não conseguia mais enxergar seus rostos. O ônibus parou e eles se arrastaram para fora.<br /><br />Engatinhei até um dos assentos e sentei devagar com a cabeça encostada no vidro. Senti o corpo todo gelar e se dissolver na neblina pálido-azulada que se formava do lado de fora.<br /><br />Estava gasto. Havia me consumido.lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-33812837463388602912007-02-26T00:17:00.000-03:002007-02-26T17:03:40.825-03:00Ela me tira o sono.<br /><br />Agradeço por todas as noites<br /><br />que ela me tira o sono!lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21312572.post-78146510991212986822007-02-24T18:58:00.000-02:002007-02-24T19:00:35.148-02:00O ovo<div align="justify">"<em>O ovo, então, começou a falar, com uma voz angelical, com Isabel:<br /> _Linda garotinha, você foi a única que me deu valor e interessou-se por mim. Vim aqui para realizar um desejo da pessoa que conseguisse me olhar com os olhos mais belos e puros do mundo, com olhos de criança, olhos inocentes... </em>"</div><br /><div align="right"><strong>Mariana Salomão Carrara</strong></div>lucas fábiohttp://www.blogger.com/profile/17897066048527113155noreply@blogger.com2