22.6.06

Das paixões

É em tempos de desequilíbrio emocional e incertezas que me sinto mais feliz.

Sentar todos os dias na carteira dos fundos da Faculdade de Direito e assistir, sonâmbulo, ao falatório monocromático sobre o sistema jurídico brasileiro. Ficar pensando o quanto aquela massa de racionalismo analítico-positivo salpicada de hipocrisia vai ser importante na minha rotina, pelo resto da vida, costuma me deixar um tanto quanto deprimido.

O que me salva são as crises de choro, as explosões de alcoolismo, os beijos apaixonados. O comportamento contraditório, desregrado, irracional, auto-destrutivo.
É nos momentos de desequilíbrio bioquímico, da fala hesitante, do encontro dos lábios quentes, do respirar ofegante, dos corpos ardendo, das palavras tolas; que a vida faz sentido.

E as dúvidas, os dilemas, a ressaca, o arrependimento; os pensamentos que me tiram o sono: nada disso impede que eu acorde cedo no dia seguinte, vá para a faculdade, e comente, com um sorriso no rosto, que fui mal na prova.

9 comentários:

Anônimo disse...

Cuidado, rapaz. Esse desequilíbrio bioquímico pode parecer interessante agora. Essa rotina de excessos não é saudável mental e biologicamente. Além de não ser uma compensação para suas incertezas.Sério mesmo que está feliz?

Anônimo disse...

AHHHHHHH EU TAMBEMMMMMM!!!!!

Anônimo disse...

Eu também fui mal nas provas! E também fui mal por, em parte, ou não, desequilíbrio bioquímico. Aliás, Lucas, meu amigo-psicólogo, achei o nome da minha doença. Veja em: http://www2.uol.com.br/vivermente/conteudo/materia/materia_51.html
Para o caso do acesso ter se tornado inviável, por motivos vários, e, claro, para saciar a improvável curiosidade de alguém, o nome da doença é "Síndrome de Burnout". Em "ingrês"! Chique, não? Ahaha.
Abração!

Anônimo disse...

Te garanto que no noturno é a mesma coisa... com a diferença que a gente comumente assiste às aulas embriagados...
E sim, isso dá desespero, dá agonia e dá vontade de enfiar uma meia na boca do professor que está lá na frente!
E viva a Sanfran!

lucas fábio disse...

Anônimo: você poderia escrever um livro de auto-ajuda.

Mari: Sucesso! Agradar à Mari significa muito pra mim. Aliás, já clicaram em "Influência" na sessão de links?

Luiz: Só li o cmoeço do artigo que vc mandou, mas parece que vc bateu algum recorde. O cara citado no texto só foi ter a tal síndrome depois dos trinta!
Aliás, já clicaram em "Penso, BLOGO existo." na sessão de links?

Babi: A Sanfran é uma só. Se eu estudasse à noite o Anônimo deveria se preocupar seriamente.

Babi do atletismo?

Anônimo disse...

Parece que a praga dos anônimos palpiteiros chegou a seu blog. Boa sorte, Lucas!

P.S.: Bati o recorde da faixa etária acometida pela síndrome?! Finalmente, uma boa notícia, em meio a tantas provas desastrosas.

Anônimo disse...

Sim sim, Babi do Atletismo... e não, a Sanfran não é uma só. A Sanfran do diurno não é a mesma Sanfran do noturno... parecem mundos diferentes, sem exagero. Ou com exagero, sei lá. Se bem que isso era muito mais nítido pra mim no ano de caloura...
By the way, gostei bastante do blog, viu!

Anônimo disse...

Já não está na hora de atualizar esse blog?

H.R. disse...

Eu ainda acho q, um dia vc se mata.
Alias, esqueceu de se referir aos desenhos pornografico q vc fazia em 6 segundos com caneta esferografica. Eles ainda podem te salvar!